América Latina precisará de mais 2.600 aviões até 2045, afirma Airbus

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O presidente da Airbus para a América Latina e o Caribe, , afirmou que a região precisará de mais de 2.600 novos aviões nas próximas duas décadas, impulsionada pelo crescimento econômico e pela falta de alternativas de transporte de longa distância.

Em entrevista ao Poder360 durante a 21ª Assembleia Geral da Alta (Associação de Transporte Aéreo da América Latina e do Caribe), o executivo disse que o mercado latino-americano deve mais que dobrar o número de viagens aéreas por habitante até 2045.

“O que estamos vendo é que estamos em um mercado que continua crescendo”, disse Barreira. “Nosso último estudo global de mercado mostra que a América Latina precisará de mais de 2.600 novos aviões. A maior parte, um pouco mais de 50%, é para substituir aeronaves na frota atual, e o resto é para crescimento”, concluiu.

Segundo o executivo, o aumento da renda média, a urbanização e o tamanho do território tornam a aviação essencial para a conectividade na região. “As distâncias são enormes, há grandes montanhas e coisas assim. Então o que vemos é que o número de viagens per capita vai mais do que dobrar nos próximos 20 anos”, afirmou.

A Airbus já é a principal fornecedora de aviões comerciais da América Latina. Cerca de 60% da frota em operação na região é composta por aeronaves da fabricante europeia, e mais de 70% das encomendas futuras também são de modelos da empresa.

“Hoje, 60% das aeronaves que voam na América Latina são da Airbus”, disse Barreira. “E temos cerca de 500 aviões a serem entregues daqui para frente. Queremos continuar nessa posição”, afirmou.

PRESENÇA NO BRASIL

O Brasil é o principal polo industrial da Airbus na América Latina. A companhia mantém em Itajubá (MG) a única linha de montagem de helicópteros do continente e da metade sul do planeta. A unidade produz o modelo H125 e pode fabricar também o H225, o maior da empresa.

“Em Itajubá, temos a única linha de montagem final de helicópteros do Brasil, da América Latina e do Hemisfério Sul”, declarou Barreira. “Consideramo-nos brasileiros porque estamos há quase 50 anos no país, com nossa presença e nossos produtos”, afirmou

Além da fábrica, a empresa mantém no local um centro de engenharia e simuladores de voo para treinamento de pilotos. Barreira afirmou que a Airbus pretende ampliar essas capacidades “nas condições certas” e que vê o país como peça estratégica na expansão regional.


O repórter Caio Barcellos viajou a convite da Alta.

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