Lula anuncia Boulos como ministro da Secretaria Geral da Presidência

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trocou a chefia da Secretaria Geral da Presidência nesta 2ª feira (20.out.2025) antes da sua série de viagens a Ásia: sai Márcio Macêdo, do PT, e entra Guilherme Boulos, deputado do Psol.

A nomeação de Boulos sairá publicada no Diário Oficial de 3ª feira (21.out.2025). É a 13ª mudança de ministros desde o início do 3º mandato do presidente.

O deputado participou nesta 2ª feira (20.out) do evento de lançamento do programa Reforma Casa Brasil, ao lado de ministros e representantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Macedo não estava no evento, apesar da proximidade da pasta com a pauta.

Depois, Lula chamou os dois para uma reunião onde formalizou a troca. A ministra Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais) e os ministro Rui Costa (Casa Civil) e Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação Social) participaram do encontro.

A troca já havia sendo ventilada a desde o começo do ano. Aliados do Psol afirmam que a ideia de dar a Secretaria Geral ao Psol surgiu em discussões oriundas do Planalto. Depois, o próprio Boulos teria procurado a Presidência algumas vezes para demonstrar interesse.

A Secretaria Geral é responsável pela interlocução com movimentos sociais, e o governo tem sido criticado por esses grupos. A insatisfação da gestão com Macedo foi evidenciada pelo próprio presidente, que cobrou o ministro por um ato “mal convocado” no 1º de Maio. 

Guilherme Boulos é formado em Filosofia pela USP (Universidade de São Paulo) e se consolidou politicamente uma das principais lideranças do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto). O deputado federal atua há mais de 2 décadas em causas sociais ligadas à moradia e aos direitos humanos.

Filiado ao PSOL, foi candidato à Presidência da República em 2018 e à Prefeitura de São Paulo em 2020, quando chegou ao 2º turno, e em 2024. Atualmente, é deputado federal por São Paulo. Foi candidato à Prefeitura nas eleições de 2024.

Recentemente, organizou os protestos contra o PL da Anistia e a PEC da Blindagem, que levaram a esquerda às ruas depois de várias mobilizações sem força. Essa articulação de Boulos chamou ainda mais a atenção do Planalto.

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