Superação e mais irmãos gêmeos campeões: badminton tem segundo sábado de finais no Intercolegial

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Com disputa de 14 finais, o badminton teve os campeões das categorias sub-15 e sub-18 definidos nesse sábado (18), na rodada decisiva disputada na arena da modalidade, na Vila Militar. Uma atleta paralímpica venceu o sub-18 feminino, contra atletas sem deficiência e, assim como no último fim de semana, novamente gêmeos venceram uma final. Os atletas competiram nas categorias individuais e duplas, federados e não federados. A competição é uma realização do jornal O GLOBO, com apresentação do Sesc-RJ e apoio da Caixa.
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Conforme anunciado pela coordenadora da modalidade no Intercolegial, Simone Santos, o badminton contou com a presença da atleta federada Sofia Grangeiro (SL4, para atletas com transtorno do movimento de baixo grau), que representará o Brasil nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens, no Chile, no fim deste mês. E a Sofia não deixou barato para as adversárias. A craque do Pedro II foi a campeã da modalidade sub-18 não federado feminino.
Sofia Grangeiro vai disputar o Parapan
Lana Costa
— O desafio foi conter o nervosismo e trabalhar. Eu estudo no Pedro II, sempre quis representar a escola no badminton, a professora me chamou e já tínhamos uma meta. O Inter teve essa importância única para que eu pudesse representar minha escola. Infelizmente, foi meu primeiro e último intercolegial, pela idade, mas planejo continuar profissionalmente nesse esporte — contou a atleta de 18 anos, que já acumula 22 medalhas na curta carreira.
O sucesso de Sofia foi impulsionado pela preparação do treinador Sebastião Dias de Oliveira, responsável pela preparação da equipe de badminton no Pedro II. Sebastião levou para a escola a experiência de seu projeto social na comunidade da Chacrinha, na Tijuca, Zona Norte. O Centro de Treinamento de Badminton Miratus foi fundado em 1998, e revelou o primeiro atleta do país a disputar a modalidade em duas edições Olímpicas, Ygor Coelho, filho de Sebastião.
Sebastião Dias de Oliveira leva experiência olímpica para o Intercolegial
Lana Costa
— O Intercolegial, com essa vitória da Sofia, se mostra em seu caráter inclusivo. Tem muito cuidado com os jovens que passam por aqui e tem a maior intenção de prestigiar esses atletas. É dos torneios mais importantes em que já estive envolvido, e olha que já levei atletas para o Mundial e outras competições internacionais. Mas o Intercolegial tem alguma coisa de diferente — disse Sebastião.
Rachel Christine dos Santos Trajano foi outra atleta do Pedro II a pisar no degrau mais alto do pódio. A jovem levou a melhor no sub-15 não federado. Para ela, a partida mais difícil não foi a final, contra Yasmim Bragança De Oliveira Pedrosa, do GEO Isabel Salgado, mas a primeira do dia. E nem foi exatamente por conta da adversária.
—A primeira partida foi a mais difícil, porque você tem que se acostumar com a quadra, com o lugar novo, com a torcida… Fora que tem uma pressão maior por ser o Intercolegial. Eu consegui vencer, mas quero aprimorar isso para me tornar profissional, e meus amigos me ajudam e estimulam esse sonho — destacou a jovem campeã.
Saindo de Realengo, onde fica o campus do Pedro II, e indo para o outro lado da Baía de Guanabara, na Escola Municipal José de Anchieta, no Caramujo, em Niterói, os gêmeos Ronan e Renan dos Santos Souza foram campeões de duplas no sub-15 federado, e Ronan ainda derrotou o próprio irmão na final individual. Ao todo, os irmãos (que na verdade são trigêmeos, mas cujo terceiro irmão não competiu) levaram juntos quatro medalhas para casa: três de ouro e uma de prata. Derrotar o irmão não foi fácil, contou Ronan:
— A partida mais difícil foi contra ele, pois ele conhece meu estilo de jogo, como eu me movimento.
— Para mim a partida mais difícil também foi contra ele — respondeu Renan, rindo, levando a derrota na esportiva.
Na primeira rodada de finais do badminton, entre os destaques estiveram os também gêmeos Rafael e Samuel de Oliveira Dias, do sub-13 federado, considerados promessas para os Jogos Pan-Americanos de 2031. Além de vencerem nas duplas, eles disputaram entre si a final individual, e levaram todas as medalhas para o mesmo endereço.
Paulo Affonso, treinador do GEO Juan Antonio Samaranch, levou a maior quantidade de alunos para o pódio do badminton
Lana Costa
Na somatória das finais do dia, o GEO Juan Antonio Samaranch, de Santa Teresa, no Centro do Rio, foi a escola que saiu com a maior pontuação do dia. O preparador da equipe, Paulo Affonso, fez as contas: primeiro lugar no sub-18 masculino, primeiro e segundo lugares no sub-15 masculino não federado individual, primeiro lugar na dupla masculina sub-15 não federada e terceiro lugar no feminino sub-15 não federado, além de boas classificações em outras modalidades. O resultado colocou a escola municipal no lugar mais alto do pódio, com o professor recebendo até um troféu, com os alunos campeões brincando: “Fomos nós que ganhamos esse troféu aí, hein?”.
— Eu queria agradecer o retorno do badminton ao Intercolegial, que gera nos alunos uma expectativa enorme, traz motivação para que eles treinem mais intensamente, no tempo livre, ao longo do ano. Estamos desenvolvendo uma escola cada vez mais atenta à importância da prática esportiva, e está trazendo resultados — contou o professor.
A coordenadora da modalidade no Intercolegial, Simone Santos, detalhou que a modalidade teve a participação de 18 escolas e 310 atletas ao longo dos dois fins de semana de competição.
— A sensação foi a melhor possível. Há oito anos o badminton estava fora do Intercolegial, e conseguimos entregar um trabalho bem feito, aqui na futura casa da Federação Estadual de Badminton, na Vila Militar. Estou muito orgulhosa — destacou Simone, ao fim dos jogos.

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